quarta-feira, 1 de abril de 2009

Tempo -eternidade

O instante é tudo para mim que ausente
Do segredo que os dias encandeia
Me abismo na canção que pastoreia
As íntimas nuvens do presente.
Pobre do tempo,fico transparente
A luz desta canção que me rodeia
Como se a carne se fizesse alheia
A nossa opacidade descontente
.
Nos meus olhos o tempo é uma cegueira
E a minha eternidade uma bandeira
Aberta em céu azul de solidões.
Sem margens,sem destino,sem história,
O tempo que se esvai é minha glória
E o susto de minh'alma sem razões.

Paulo Mendes Campos

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